(imagem recolhida na Avenida dos Aliados, Porto, 1 de Maio de 2011)
Sindicato dos Jornalistas saúda 1.º de Maio, pela defesa e reforço das conquistas de Abril
1. Os trabalhadores portugueses comemoram hoje o seu dia – o Dia Mundial do Trabalhador – que voltou a ser celebrado em plena liberdade há 37 anos, poucos dias depois da Revolução de 25 de Abril de 1974 que permitiu restaurar as liberdades e criar as condições para o reforço e a conquista de amplos direitos sociais e laborais – a dignificação da negociação colectiva, a criação do salário mínimo nacional e dos subsídios de desemprego, de férias e de Natal, o direito a férias e à reforma para os trabalhadores agrícolas, a instituição do Serviço Nacional de Saúde, entre muitos outros.
2. Trinta e sete anos depois de Abril, os trabalhadores portugueses estão porém ameaçados por novos e mais graves ataques, aprofundando a ofensiva contra os seus direitos realizada ao longo dos últimos anos, da qual são expressão maior o Código do Trabalho, o desemprego, a precariedade, a discriminação salarial, a violação de direitos consagrados na lei e na contratação colectiva, o agravamento dos impostos e dos custos dos serviços públicos.
3. Trinta e sete anos depois da garantia do direito à protecção do emprego e à protecção social no desemprego e na reforma, os trabalhadores portugueses são confrontados com acordos, projectos e propostas internos e imposições externas que se propõem brutalizar ainda mais quem trabalha e especialmente quem, tendo trabalhado tantas vezes longos anos, tem sido inapelavelmente despejado no desemprego, em milhares e milhares de casos de longa duração, ou já se encontra na reforma.
4. Como se não bastasse a grave situação de centenas de milhares de desempregados, de trabalhadores precários, de reformados e pensionistas e dos trabalhadores ainda activos, pende agora sobre as suas cabeças a ameaça de mais e mais graves sacrifícios impostos pelo FMI, pelo BCE e pela Comissão Europeia, em generoso proveito da usura nacional e internacional.
5. Trinta e sete anos depois de Abril, é necessário e é urgente restaurar, defender e reforçar os direitos dos trabalhadores – tarefa de todos os trabalhadores e das suas organizações que convoca especialmente os jornalistas: como trabalhadores que somos e pela responsabilidade que nos cabe na tarefa de ajudar a informar melhor e a esclarecer mais sobre a natureza, a dimensão e as consequências da situação que nos querem impor.
6. Assim como é imperioso ajudar a discutir que há soluções, que é possível relançar a economia e as actividades produtivas, promover o emprego com direitos, defender os serviços públicos, libertar o país da dependência externa.
Viva o 1.º de Maio!
Lisboa, 1 de Maio de 2011
A Direcção do Sindicato dos Jornalistas
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