domingo, 26 de dezembro de 2021

Os melhores álbuns de 2021 – a proposta do Meios de Produção!

Este ano vamos meter-nos nas listas, pelo menos vamos tentar… É um exercício mais ou menos fútil, mas como foi um ano em que se ouviu muita música nova, queremos e gostamos de partilhar. Nomes e títulos! Partilhar nomes e títulos. Há muita coisa que não foi ouvida ou sequer conhecida e, por isso, este é um exercício meio parvo, meio inútil, que apenas serve para nos mostrarmos… Pois! E os melhores do ano no Meios de Produção são:

 
James Brandon Lewis a partir de jblewis.com

James Brandon Lewis, com James Lewis Quartet’s Code of Being (2021) e Jesup Wagon (2021). Concordo com todas as críticas que li: James Brandon Lewis tem uma voz original e desde que assina trabalhos em nome próprio, há mais ou menos oito anos, vem confirmando o seu lugar no mundo do jazz, no saxofone (tenor), na composição e no estilo, revelando as suas variegadas influências que são determinantes para um repertório cada vez mais eclético.  

 


Code of Being
é muito bom e recomenda-se, mais próximo do free jazz, que é onde se situa o autor, mas muito melódico. É um álbum que se saboreia e delicia. Destaque também para os seus parceiros habituais, Áruan Ortiz (piano), Brad Jones (Contrabaixo) e Chad Taylor (bateria), com quem tem vindo a assinar discos memoráveis, como Molecular (2020).

Mas Brandon Lewis não ficou por aqui, neste ano da graça de 2021. Saiu também com Jesup Wagon, através do James Brandon Lewis Red Lily Quintet [Kirk Knuffke (cornetim), William Parker (contrabaixo), Chris Hoffman (violoncelo) e, de  novo, Chad Taylor]. 

 


Bem diferente do anterior Code of Being, Jesup Wagon revela as influências constantes do blues e do jazz tradicional de Nova Orleães, numa homenagem às gerações de negros que sobrevieram do sul dos Estados Unidos (re)inventando os seus caminhos, como George Washington Carver, e que estão na paisagem do tão celebrado estilo musical que por aqui também se destaca. Jesup Wagon, a carruagem botânica ou agrícola de Carver, obriga-nos a contar outra história, que não apenas a da exploração, sofrimento, dor e angústia, mas também a da perseverança, resistência e identidade da comunidade negra sulista (o álbum contém dois momentos de poesia ditos pelo saxofonista, o que vem sendo habitual em muitos dos seus álbuns). Brandon Lewis tem vindo a explorar este legado negro na sua música com resultados inquietantes, desassombrados, mas apaixonantes, como em An UnRuly Manifesto (2019) ou em Days of Freeman (2015). Os dois álbuns de 2021 de James Brandon Lewis estão obrigatoriamente entre os melhores do ano.

 

Humanization 4tet by António Júlio Duarte
Destaque também para o jazz português, que já é uma referência mundial, muito por causa da visibilidade que lhe confere essa espantosa empresa exportadora (à atenção dos economistas portugueses, que tanto gostam de resolver os problemas da economia e da sociedade portuguesas com a receita da exportação!), que é a Clean Feed. Não partilho tanto do entusiasmo da crítica nacional sobre os mais recentes lançamentos do saxofonista Rodrigo Amado [We Are Eletric (2021) – Rodrigo Amado Nothern Liberties; The Field (2021) – Rodrigo Amado Motion Trio & Alexander von Schlippenbach; Let The Free Be Men (2021) – Rodrigo Amado/Joe McPhee/Kent Kessler/Chris Corsano]. O free jazz e a música improvisada em disco é uma coisa estranha, nem sempre empática e, por vezes, irritante (...e, porém, lembra-mo-nos logo de Sun Ra e The Art Ensemble of Chicago, ou mesmo do nosso destaque inicial...). Mas ao vivo é outra história: é uma experiência única, rara e empolgante, intensa, exige atenção e descontração. 

 
 E eu sou um sortudo porque pude ver e ouvir o Humanization 4tet (que, na verdade, é um projeto do guitarrista Luís Lopes) e foi uma experiência arrebatadora, irrepetível. Fui preparado para ver um concerto de heavy metal, quer dizer, estridente, esquizofrénico, barulhento… mas não foi nada disso e foi muito, muito melhor do que isso. Destaque para a secção rítmica, a cargo dos irmãos Gonzalez, Aaron (contrabaixo) e Stefan (bateria), que acompanharam de forma irrepreensível temas do último álbum do coletivo, Belive, Belive (2020), e alguns dos três álbuns anteriores que não sei nomear.

 

Ainda dentro do jazz português (estará correta esta designação, este rótulo?), destaque para o coletivo João Lencastre’s Communion, com o álbum Unlimited Dreams (2021), num diálogo permanente entre a bateria e o piano, já que Lencastre toca bateria e compõe ao piano. Numa palavra: notável. 

 

Destaque também para o já mencionado Luís Lopes [Sinister Hypnotization (2021) – Luís Lopes Lisboa Berlin Quartet], com um trabalho mais sombrio, intrincado, assumindo referências histórico-políticas comuns às duas cidades… Ainda a propósito do free jazz e da música improvisada, às vezes o que se disse ou escreveu é exagero, outras vezes não… A música improvisada exige um domínio absoluto do instrumento e um diálogo intuitivo com os parceiros: umas vezes isso é evidente e revela uma comunhão orgânica, outras vezes nem tanto.

 
 

Num registo mais suave e convencional, mas nem por isso menos eclético e inventivo, destaque para Garfo [Garfo (2021)], quarteto composto pelos vinteanistas Bernardo Tinoco (saxofone tenor), João Almeida (trompete), João Fragoso (contrabaixo) e João Sousa (bateria, um bocadinho mais velho). O quarteto, muito competente e promissor, tem origem na escola de jazz do Hot Clube de Lisboa, que reúne em volta de José Eduardo jovens músicos entre os 12 e os 17 anos. A fixar.
 

Saúda-se o regresso do coletivo LUME (Lisbon Undergrond Music Ensemble), com um disco muito divertido e bem esgalhado, Las Californias (2021). A orquestra de 15 elementos é um projeto dirigido por Marco Barroso (piano), que também assina as composições. E o que têm em comum todos estes lançamentos (mais ou menos) nacionais? Sim, acertou: a Clean Feed!

 

Lisbon Underground Music Ensemble (LUME), dirigidos por Marco Barroso

Mas também se saúda o regresso dos “pesos pesados” com álbuns fabulosos. Veja só o leque: Brad Mehldau & Orpheus Chamber Orchestra [Variations on a Melancholy Theme (2021) – variações entre o jazz e a música sinfónica]; Dave Holland [Another Land (2021)]; Esperanza Spalding [Songwrights Aphotecary Lab (2021)]; Marc Ribot’s Ceramic Dog [Hope (2021)]; Floating Points com Pharoah Sanders e a London Symphony Orchestra [Promises (2021) – Lindo! Lindo!]; e John Zorn. 

 

 
John Zorn via facebook

Com John Zorn é preciso dizer duas ou três palavras: dos 9 álbuns [sim, 9, pelo menos que eu conseguisse identificar e ouvir, sem contar com os dois volumes de oito discos das John Zorn's Bagatelles (2021) que ainda vou ouvindo, talvez por muitos anos] que editou este ano como compositor e músico devo dizer que são todos muito diferentes e são todos muito bons e podem perfeitamente estar entre os melhores do ano em qualquer lista (Meditations On the Tarot; Heaven and Earth Magick; Chaos Magick; Nostradamus; The Death of Satan; Gnosis; The Inner Light; Parables; e Teresa de Ávila, todos de 2021). Estamos perante formações, músicos e músicas ou géneros musicais muito diferentes, mas a qualidade das composições continua a surpreender. Recomendo qualquer um, mas destacaria talvez, apenas para amostra, Parables (2021) – três guitarristas: Bill Frisell, Gyan Riley, Julian Lage e uma sonoridade que não é bem jazz, mas também não é folk, nem blues, nem canção… Música zorniana! 

[Atualização: Ainda não tínhamos fechado este mega postal e lá saía neste mês de dezembro mais um álbum de John Zorn (New Massada Quartet)! A ouvir com atenção já em 2022!]

 

Uma palavra para os híbridos (Marc Ribot, também?), quer dizer, é jazz mas também não é bem jazz porque recorre a sons gravados e sintetizados ou porque atravessa outros estilos e géneros, mas é música moderna cativante e intrigante: Theon Cross [Intra-I (2021)], Sons of Kemet [Black to the Future (2021)] e Garage a Trois [Calm Down Cologne (2021) – é isso, por aqui o funk tem que estar representado e é um regresso há muito esperado!].

 



 

Muito apreciados também: Michael Feinberg [Hard Times (2021)]; Nikolaj Hess [Spacelab & Strings (2021)]; Ethan Iverson & Umbria Jazz Orchestra [Bud Powell in the 21st Century (2021)]; Fabio Leal & Antropojazz [Fábio Leal & Antopojazz (2021)]; Sam Pilnick [Sam Pilnick's Nonet Project – The Adler Suite (2021) – espantosa obra!]; William Parker [Mayan Space Station (2021)].

 

Num outro registo, pop rock e afins, não podemos deixar de assinalar o último álbum de originais de Prince, gravado em 2010 [Welcome 2 America (2021) - a crítica foi condescendente, mas por aqui parece um regresso à década de 1990, à melhor década de Prince]; Anni diFranco [Revolutionary Love – muito bom mesmo]; Black Midi [Cavalcade (2021)]; Chet Faker [Hotel Surrender (2021)]; Bloto [Kwasy i zasady (2021) – um objeto estranho, que se entranha, apresentado como jazz, mas que talvez não o seja]; Bonnie ‘Prince’ Billy com Matt Sweeney [Superwolves (2021)]; Idles [Crawler (2021)]; Lana Del Rey [Chemtrails Over the Country Club (2021) – lançou também Blue Banisters (2021), que ainda não ouvi]; St. Vincent [Daddy’s Home (2021)]; Sault [Nine (2021)]; The Oh Sees [Panther Rotate (2020) – Ok!, Ok!, é de 2020, mas foi lançado em dezembro e só foi apreciado este ano: é um álbum conceptual que consiste nas sobras do anterior Protean Threat (2020), na heteronomia Osees – e que sobras!]; The Baggios [Tupã-Rá (2021) – um álbum festivo a lembrar muito dos anos 1970 no Brasil e aquela vaga baiana]; Liniker [Indigo Borboleta Anil (2021) – agora a solo, em nome próprio, revelando passo seguro].

 

E para o fim desta longa lista – não ouvi ainda o último de Caetano Veloso, que tem muito boas críticas em Portugal, como habitualmente –, o grande destaque da música urbana moderna, mundial, claro, vai para Juçara Marçal, com Delta Estácio Blues (2021) e toda aquela trupe (paulista) que a acompanha. É de facto uma obra brilhante que vem revelando os possíveis novos caminhos do coletivo Metá Metá, já anteriormente revelados por Kiko Dinucci, com o fabuloso Rastilho (2020). Para ouvir e voltar a ouvir.

 
Juçara Marçal via maisum

Resumo:

1. James Brandon Lewis - Code of Being

2. James Brandon Lewis - Jesup Wagon

3. Juçara Marçal - Delta Estácio Blues

4. João Lencastre's Communion - Unlimited Dreams

5. Sam Pilnick's Nonet Project - The Adler Suite

6. Floating Points with Pharoah Sanders & The London Symphony Orchestra - Promises

7. John Zorn - (à escolha) Meditations On the Tarot; Heaven and Earth Magick; Chaos Magick; Nostradamus; The Death of Satan; Gnosis; The Inner Light; Parables; Teresa de Ávila

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Para ouvir os melhores do ano conforme a ordem apresentada no texto, copie os links ou procure no spotify.
 
 
Jazz
 
https://jamesbrandonlewis.bandcamp.com/album/code-of-being-2

https://jamesbrandonlewis.bandcamp.com/album/jesup-wagon

https://joaolencastre.bandcamp.com/album/unlimited-dreams

https://cleanfeedrecords.bandcamp.com/album/sinister-hypnotization

https://cleanfeedrecords.bandcamp.com/album/garfo

https://cleanfeedrecords.bandcamp.com/album/las-californias

https://bradmehldau.bandcamp.com/album/variations-on-a-melancholy-theme

https://daveholland.bandcamp.com/album/another-land

https://songwrightsapothecarylab.com/

https://marcribot.bandcamp.com/album/hope

https://floatingpoints.bandcamp.com/album/promises

https://johnzornresource.com/parables

https://theoncross.bandcamp.com/album/intra-i-2

https://sonsofkemetmusic.bandcamp.com/album/black-to-the-future

https://garageatrois.bandcamp.com/album/calm-down-cologne
 
https://www.freshsoundrecords.com/michael-feinberg-albums/54502-hard-times-digipack.html

https://sunnysiderecords.bandcamp.com/album/spacelab-strings

https://sunnysiderecords.bandcamp.com/album/bud-powell-in-the-21st-century

(Fábio Leal & Antropojazz) spotify

https://sampilnick.bandcamp.com/album/the-adler-suite

https://williamparker.bandcamp.com/album/mayan-space-station

Pop Rock e Afins

(Prince) spotify

https://anidifranco.bandcamp.com/album/revolutionary-love

https://bmblackmidi.bandcamp.com/album/cavalcade

(Chet Faker) spotify

https://bloto.bandcamp.com/album/kwasy-i-zasady

https://mattsweeneybonnieprincebilly.bandcamp.com/album/superwolves

https://idlesband.bandcamp.com/album/crawler

(Lana Del Rey) spotify

https://stvincent.bandcamp.com/album/daddys-home

(Sault) spotify

https://ohsees.bandcamp.com/album/panther-rotate

(The Baggios) spotify

(Liniker) spotify

https://jucaramarcal.bandcamp.com/album/delta-est-cio-blues

 
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Há muita coisa que por aqui não se ouviu simplesmente porque não foi possível, não há tempo, paciência, curiosidade, disponibilidade, informação e por aí fora. Mas há algumas coisas que gostaria de conhecer melhor, que fui apanhando pelas listas que por aí pairam ou em críticas de jornais:
 
Arlo Parks – Collapse into sunbeams (2021)
Julius Eastman – Vol. 1; Femenine (2021)
Injury Reserve – By the Time I Get to Phoenix (2021)
Tems - If Orange Was A Place (2021)
Tyler, The Creator – Call me if you get lost (2021)
Marianne Faithful & Warren Ellis – She walks in beauty (2021)
Black Country, New Road – For the first time (2021)
Dino D'Santiago – Badiu (2021)
The Weather Station - Ignorance (2021)

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E depois há listas para todos os gostos:
http://opiumhum.blogspot.com/2021/12/my-40-favorite-records-of-2021.html
http://spychedelicsally.blogspot.com/2021/12/best-albums-of-year-2021.html
www.npr.org – A lista dos 50 álbuns e 50 canções mais cativante e ao mesmo tempo decepcionante! – siga aqui – https://www.npr.org/2021/12/01/1054318397/the-50-best-albums-of-2021-page-1
Aguardamos ainda a lista do hominis canidae (https://www.hominiscanidae.org/) [atualização: https://www.hominiscanidae.org/2021/12/25-discos-legais-que-voce-deveria-ter.html]
E depois também há as listas do Blitz e do jornal Público. Estas, do Público, são muito interessantes, são feitas por cada um dos críticos mas também são um desencanto. Lembram-nos que há cinema, mas não há público; há livros, mas não há leitores; há televisão, mas só meia dúzia de "monstros" transnacionais dominam os gostos e as escolhas mundiais, com os realizadores de cinema a "venderem-se" ao digital e ao pequeno ecrã; e depois a música, que vai desde o pequeno estúdio montado no quarto de banho, às grandes produções milionárias realizadas para uma audiência global, enquanto a crítica segue a sua busca incessante por uma qualquer novidade que deseja transformar num êxito universal...

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(O postal é muito grande?! Temos pena!)

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

O eucalipto e os portugueses – Da série Verdades Inconsequentes I

O Eucalyptus Globulus a dominar a paisagem
 

O eucalipto existe em Portugal desde há um século e meio. Não é, por isso, uma espécie nova, é uma espécie portuguesa, uma espécie nacional. Hoje, existem mais exemplares de Eucalyptus Globulus plantados em território nacional do que na Austrália, de onde são originários. Só não temos Koalas. 

 
Eucalyptus Globulus sempre em pano de fundo

O eucalipto já foi uma espécie exótica, introduzida para fins ornamentais e, depois, para usos específicos, como a drenagem de zonas húmidas e pântanos, sobretudo, para combater a malária. Hoje, é a espécie florestal predominante em Portugal e tem um uso industrial: serve como matéria-prima para a indústria da pasta de papel, uma indústria altamente poluente e consumidora de recursos hídricos, gerando, dessa forma, um rendimento para um setor de pequenas empresas de exploração florestal e para um conjunto imenso de famílias, pequenos proprietários de terrenos florestais, onde estão plantados milhões de eucaliptos. 

 

Amostra da verdadeira floresta portuguesa
 

Mas o eucalipto também serve para sustentar uma indústria mais ou menos primitiva de combate a incêndios florestais. Uma indústria subsidiada pelo Estado, que consiste em centenas de corporações de bombeiros voluntários municipais, que se dedicam à prevenção e combate a incêndios florestais. No fundo, dedicam-se à proteção de uma matéria-prima valiosa. Muitos bombeiros são proprietários de terrenos florestais onde estão plantados eucaliptos. 

 

Saiam da frente que lá vem mais um copo de água para apagar um incêndio!
 

A floresta portuguesa, por isso, é largamente representada por eucaliptais, e os portugueses adaptaram-se a isso, convivem bem com o eucalipto e tornaram-no na árvore nacional.

 

Paisagem florestal portuguesa: acácias nas bermas, eucaliptos no miolo

Se quiser saber mais:


https://visao.sapo.pt/visao_verde/ambiente/2013-10-10-eucaliptugal-o-ecocidio-da-floresta-nacionalf752575/


http://raiz-iifp.pt/o-principe-dos-eucaliptos/


https://www.agroportal.pt/oe-2021-forca-aerea-mantem-gastos-de-e49-milhoes-no-combate-aos-incendios-florestais/


https://www.agroportal.pt/incendios-proprietarios-florestais-exigem-saber-custo-beneficio-no-combate/


https://quercus.pt/2021/03/03/quanto-custa-a-prevencao-dos-incendios-florestais-em-portugal/


Baptista, Fernando Oliveira. A política agrária do Estado Novo. Porto: Edições Afrontamento, 1993.


Potts, Brad. M. et al. Exploration of the Eucalytus Globulus gene pool. In Eucalyptus in a Changing World, Borralho, N., et al. Proc. of IUFRO Conf., Aveiro 11-15 outubro 2004.


Radich, Maria Carlos; Baptista, Fernando Oliveira. Floresta e Sociedade: Um percurso (1875-2005). In Silva Lusitana 13(2):143 - 157, 2005.
 

Silva, Joaquim Sande (Coord.). Pinhais e eucaliptais – A floresta cultivada. Árvores e florestas de Portugal, vol. 04. Lisboa: Público, Comunicação Social, Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Liga para a Proteção da Natureza, 2007.