quinta-feira, 21 de agosto de 2008

aos Costas deste país

refrão:

Eram mais de cem

Eram mais de mil

Não os contei bem

Um milhão de lil- iputianos pr'aí


Os homens pequenos

Quando são demais

Não fazem por menos

Tornam-se fatais - vão por mim que o vivi


Como é que um freguês duma freguesia qualquer

Vê o seu destino

Fazer o pino

Sem saber ler - nem 'screver


Homem avisado sempre ouviu alguém dizer

Cada naufrágio

É um presságio

Do que vai a- contecer (ao refrão)


Vá-se lá saber o que é que esta gente quer

Este lugar

Tão singular

Ai quem me val' - a valer


Há sempre um lugar que falta a gente conhecer

Ai se eu soubera

Como isto era

Nunca viera - aqui ter (ao refrão)


Preso assim que nem é modo d' alguém preso ser

Pequenos fios

Nós corredios

Que assim me estão - a prender


Já 'stá tecida uma teia para me tecer

Cabeça e pés

Os dedos dez

Já não me po -sso mexer (ao refrão)

[letra e música: José Mário Branco
José Peixoto, Francisco Abreu: guitarra acústica
Carlos Bica: contrabaixo
Rui Júnior: percussão
Orquestra de Gratz: cordas
Grupo Coral «Os Escolhidos»: coro

José Mário Branco, Resistir É Vencer, 2004]




"... mas nos tempos que correm sou realista e tudo faço para salvar a pele... se tiver de trabalhar mais para contribuir para a riqueza do meu patrão, assim seja...! Desse modo devo ter o meu assegurado ao fim do mês! Sejamos práticos meus senhores!"...

"... Assim é, caros leitores, poderia enunciar aqui uma enorme lista de empresas recuperadas e negócios rentabilizados por este homem. Que se mantenha entre nós por muito tempo, pois muita gente e muitas famílias dele dependem, Bem haja."...

"... e não merecia ser enxovalhado por um qualquer mulherengo armado em D. Juan. Para os que estão aqui a defende-lo, tenho uma questão: quanto é que o sr. dr. vos está a pagar para espalharem aqui estes primores em sua defesa? Aja vergonha na cara!"...

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