segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
domingo, 11 de novembro de 2018
Há 100 anos, o fim da I Guerra Mundial (1914-1918)
Cemitério do Prado do Repouso no Porto, 2011 (se não estou em erro!) |
Homenagem do Meios de Produção a todas as vítimas do conflito mundial que opôs as potências aliadas (entre as quais Portugal) e a Alemanha (e seus aliados) e que veio a culminar pouco anos depois na ascensão dos fascismos e na II Guerra Mundial. Hoje assinalam-se os 100 anos do armistício que pôs fim à Guerra de 1914-1918. Contam-se em mais de 9 milhões os mortos causados directamente pela guerra. Ouvi qualquer coisa hoje, do tipo: "A história não se repete, mas a natureza humana é sempre a mesma!"
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
Hoje há precários! Amanhã? Não sabemos...
É sempre bom ver trabalhadores a reivindicarem os seus direitos. Significa que estão activos, sabem o que lhes é negado e surgem com um espírito de solidariedade e entreajuda que permite melhorar as condições de todos, os que têm direitos na empresa e os que não têm direitos. Espero que os trabalhadores precários do grupo RTP (RTP televisão, Antena 1, Antena 2 e Antena 3 & etc.) – "meia centena de jornalistas, tradutores, locutores, repórteres de imagem, entre outros trabalhadores" – tenha o apoio e solidariedade dos seus camaradas que não são "precários" e que o patrão ouça e atenda aos direitos reclamados.
Protesto dos trabalhadores da RTP a "recibo verde", hoje em Lisboa, à hora do telejornal da 13h00. Foto Lusa/Sapo |
Na Lusa a situação é a mesma. Deviam ter-se juntado a estes, porque se os trabalhadores "precários" da Lusa fizerem um protesto ou uma greve, ninguém os ouve e ninguém os vê. O patrão (embora mais alargado) é o mesmo...
Ah! A propósito, hoje os chavões ficaram de fora: o protesto (não uma greve) foi protagonizado por trabalhadores (que é o que eles são) e não colaboradores, que é o que os jornalistas agora chamam aos trabalhadores... E também ninguém disse que o protesto foi para a fotografia, porque a seguir foram todos trabalhar (ou colaborar, não é?)...
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
Colóquio "Obras Públicas no Estado Novo" na Universidade de Coimbra
Não houve publicidade nenhuma sobre o colóquio (na verdade houve informações contraditórias, porque o evento surgiu associado aos 40 anos do CES, com data mais ou menos incerta, com uma taxa de participação algo elevada...), que se saiba apenas um link para um evento no facebook postado no passado dia 30 – https://tinyurl.com/yay9a63k –, onde nada se diz sobre qualquer taxa de participação... Adiante!... Os organizadores já haviam criado o evento, nas suas páginas pessoais – https://www.facebook.com/joana.brites.127 – dando conta que o acesso é livre. Menos mal. Espero que esteja casa cheia, ou seja, espero que o Anfiteatro II da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra encha e que não sejam só investigadores.
[Atualização 10/fev/2021]: No final do ano passado, a Imprensa da Universidade de Coimbra publicou em formato digital o resultado do colóquio, ou melhor, o seu epílogo. Trata-se do livro Obras Públicas no Estado Novo, de Joana Brites e Luís Miguel Correia (coordenadores), que pode ser descarregado aqui: https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/90903
Mais uma vez se nota aqui alguma confusão: o registo acima está datado de dezembro de 2019; mas na ficha técnica (digital) do livro... está setembro de 2020. Quem está certo? Seja lá como for, vale a pena a leitura (noutra altura farei um comentário crítico da obra).
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
sexta-feira, 23 de março de 2018
Kali Uchis! Great, Great, Great!
There's a new diva in town! Check it out! Be aware: girls rules, great music, great lyrics, great visuals. Personality! And a new first album. Find out more here: https://www.instagram.com/kaliuchis/?hl=en
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
É uma questão de bom senso...
Se formos pessoas de bem…
Se formos pessoas de pensamento racional…
Se pensarmos um bocadinho sobre as coisas…
Alguém pode ficar sério quando houve até à exaustão (nas televisões e nas rádios, e depois nos jornais e depois por todos os cantos da internet) coisas como esta? “Bruxelas pressiona governo a cortar proteção dos contratos sem termo” (via Dinheiro Vivo). Conforme diz a notícia, a Comissão Europeia entende que em Portugal (e também em Espanha) há uma excessiva proteção aos trabalhadores que têm contrato sem termo nas empresas, portanto, aqueles que são considerados efectivos (logo, “menos precários” do que aqueles que têm contrato a prazo). Diz ainda que o maior problema é que “os custos do despedimento individual de trabalhadores permanentes sem justa causa são incertos para os empregadores”.
Sim, leu bem! É
esta a proposta ideológica da Comissão Europeia. Pobres dos
empregadores, leia-se EMPRESAS/EMPRESÁRIOS, que por causa da rigidez
do mercado de trabalho em Portugal e Espanha não podem despedir
depressa e bem, porque se os tribunais considerarem que o
despedimento foi ilegal esses trabalhadores têm que ser
reintegrados.
Esta posição da Comissão Europeia parece inacreditável (na verdade, andam a defender a precarização e desregulamentação do mercado de trabalho na Europa há mais de uma década), além de ser imoral, injusta, contraproducente, geradora de desigualdades e criadora de um lastro social de descontentamento, populismos, extremismos, conducente à destruição da democracia e da liberdade.
A posição da Comissão Europeia surge recheada de cinismo, ou não soubessem os “bruxelenses” que nas últimas semanas foram despedidos mais de 600 trabalhadores (a maioria mulheres, portanto, tradicionalmente com os mais baixos salários) de um grupo têxtil de Famalicão.
Não houve problema nenhum em despedir estas centenas de trabalhadores, não houve qualquer impedimento, não houve qualquer constrangimento em terminar com o vínculo laboral destes trabalhadores efectivos. Repare-se no cinismo da situação: as trabalhadoras ainda estão em vigília à porta da empresa para que não sejam retiradas máquinas e património das instalações, sem que os tribunais ou os agentes da justiça se preocupem com a subtração de bens da massa falida (via jornal O Minho e tvi24). Já viram a “lata” da Comissão Europeia a defender os pobres dos empresários?!
Ainda hoje a Comunicação Social internacional refere que o crash da Bolsa de Nova Iorque (cujos índices estavam anormalmente altos desde que Trump assumiu a Presidência dos Estados Unidos, há cerca de um ano) deve-se à previsão do aumento dos salários dos trabalhadores, que deverá fazer aumentar as taxas de juros! Bem, é o que diz o Público: a notícia é esta mas só o último parágrafo é que dá esta explicação e cita a agência Reuters (Pode ver a explicação aqui).
Este ataque ao mundo laboral, à organização das sociedades democráticas contemporâneas com o sector social como pilar da organização familiar, não é novo na história, nem nos nossos tempos. Eu continuo a defender a globalização e não vou explicar porquê aqui, mas em vez de os países andarem a discutir o livre comércio mundial, devem – obrigatoriamente – discutir a organização laboral em conjunto com o comércio livre. E se não o quiserem fazer, pretendendo apenas discutir o lucro das empresas geradas por esse comércio livre, então deve abrir-se uma nova mesa de negociações que imponha os direitos laborais a todos os países em negociações.
É uma questão de sobrevivência da espécie, que é cada vez mais urgente. Se continuarmos a cavar um fosso entre os muito ricos e os outros, o resultado inevitável será um de dois: guerra ou escravatura. Não queremos nem um nem outro, pois não?
Imagens: Símbolo gráfico retirado da OIT; imagem das trabalhadoras da Rincon, não assinada, retirada da Rádio Renascença online; imagem da Bolsa da Nova Iorque retirada da Reuters online, assinada por Brendan Mcdermid.
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