sábado, 3 de março de 2012

Água privada em Portugal: factos (I)


[Em 2011 escrevia assim... a propósito deste apelo]

A água, no Cartaxo, é um bem privado.

A Câmara Municipal do Cartaxo, uma autarquia gerida pelo Partido Socialista, eleita democraticamente na últimas eleições [em 2009], concessionou a exploração e distribuição da água e tratamento de esgotos a uma empresa espanhola, a Aqualia, e ao grupo de construção civil de Leiria Lena [Lena Ambiente].

Estas duas empresas já geriam a Cartágua – Águas do Cartaxo, SA, desde Março de 2010. Mas a partir de Outubro desse ano, as águas cartaxenses passaram a ser totalmente controladas pela Aqualia (60%) e pelo grupo Lena (40%). Os políticos e os gestores tiveram o “cuidado” de apresentar o negócio à população, em Fevereiro de 2011.

A primeira medida dos novos gestores foi o aumento do tarifário e dos alugueres dos contadores:



Factos: os políticos mentem; as empresas também; o povo paga (mais).

O presidente da câmara que promoveu o negócio entre a coisa pública e as empresas privadas logo a seguir renunciou ao mandato. Disse à Agência Lusa que sentia que "tinha a missão cumprida". [Talvez a missão fosse outra.]

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