Como já aqui dissera várias vezes, o meios de produção costuma assinalar o óbito de alguma figura pública, mais ou menos pública, considerada importante para os valores, os gostos, as inclinações do autor do blog. O ideal seria escrever um obituário por cada figura que o vento levou, mas isso não é possível porque não há tempo, o tempo que nos escapa. E, por isso, normalmente assinala-se o óbito de uma figura querida com uma foto, prometendo que uma foto não vale mais que mil palavras. Obviamente, à medida que o tempo passa – e o meios de produção já tem treze anos – mais certo será que cada vez mais figuras que nos são queridas desapareçam, um número em crescendo, e cada vez teremos menos tempo para o dizer.
Algumas figuras merecem uma referência maior, porque sim. Estas falecerem em 2019.
Jonas Mekas (1922-2019)
mubi |
Agnès Varda (1928-2019)
By Martin Kraft - Own work, wikipedia |
Agnès é uma figura incrível, uma realizadora improvável, com filmes belíssimos e intrigantes, que facilitam a curiosidade e a admiração, sempre com um sentido estético apuradíssimo ainda que muitas vezes pareça apenas casual. A autora esteve no Porto em outubro de 2009, mas infelizmente não pude assistir à conferência que deu em Serralves, mas assisti à exibição de “Les glaneurs e la glaneuse” [“Os respigadores e a respigadora” (2000)], na sua presença. Mas o primeiro filme que mais me impressionou dela foi “Sans toit ni loi” [“Sem eira nem beira” (1985)], com Sandrine Bonnaire, num dos seus primeiros papéis no cinema. Vi o filme na RTP2, quando a programação cultural era excelente, talvez no final da década de 1980, inícios da década seguinte, provavelmente quando era dirigida por Fernando Lopes. Para um jovem adolescente o filme impressiona, quando vemos uma rapariga jovem e bonita que prefere viver sem teto, sem objetivos definidos, em completa anarquia. A história que Varda conta é baseada em factos reais, a partir da notícia de uma jovem que apareceu morta, aparentemente sem ser vítima de crime, na região de Languedoc-Roussillon, junto ao Mediterrâneo. O filme ficou marcado na memória, mas só soube que era de Agnès Varda, anos depois, quando o pude rever. Entretanto, já tinha visto “Jacquot de Nantes” (1991), uma (falsa) história de amor pelo seu falecido marido, Jacques Demmy, contada de forma apaixonada e original, como nunca tinha visto em cinema; um filme sobre cinema. Mais um da RTP2. E depois, o grandioso e sublime “Os respigadores e a respigadora”, uma crónica em primeira pessoa dos nossos tempos, uma lição de cinema e de vida. De qualquer forma também gosto muito de “Cléo de 5 a 7” (1962), um dos marcos da Nouvelle Vague. Entre as mulheres poderei dizer que é uma das minhas realizadoras preferidas de todos os tempos. Devemos homenageá-la vendo os seus filmes, divulgando-os e debatendo-os. Os seus filmes, particularmente os últimos, desde 1991, têm uma linguagem única, marcada por um lirismo que não é mais do que a sua explicação do mundo, o seu mundo, o nosso mundo. Na verdade, a sua história de vida dava um filme, que nunca seria melhor do que aqueles que realizou. Obrigado Agnès.
Bruno Ganz (1941-2019)
By Loui der Colli - Own work; wikipedia |
André Previn (1929-2019)
By Bert Verhoeff / Anefo - Nationaal Archief,wikipedia |
Scott Walker (1943-2019)
By Paul Cox, Irish Times |
Bibi Andersson (1935-2019)
The Kremelin Letter (1970), John Houston |
Niki Lauda (1949-2019)
By Gillfoto from Juneau, Alaska, United States - Own work, wikipedia |
Agustina Bessa-Luís (1922-2019)
By Gattoni / Leemage- Revista Época br |
Não posso falar sobre a imensa obra de Agustina Bessa-Luís
porque a conheço mal. É verdade que tenho procurado os seus livros, primeiras
edições, mas falta-me tempo. Falta sempre tempo para fazermos as coisas
importantes. Alguns dos grandes filmes de Manoel de Oliveira partem das suas
obras, só isso deveria chegar para conhecer a sua literatura, mas é mais rápido
ver um filme do que ler um livro. Note-se que isso já era assim e agora ainda
mais. Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente ABL em sua casa, na Rua do
Gólgota, debruçada sobre o rio Douro. Foi uma coisa estranha: Na altura, 1989
ou 1990, um grupo de seis jovens estudantes da Escola Superior de Jornalismo
abordou a direção da Rádio Renascença, no Porto, e apresentou a ideia de fazer
uma hora semanal de informação generalista, que ia para o ar, gravado, penso
que por volta do meio dia de sábado. A Renascença aceitou porque podia meter
essa hora na Onda Média, que quase ninguém ouvia, e fazer a vontade ao pedido
de um dos sócios da agência comercial que lhes garantia a publicidade e
trabalhava para eles em exclusividade. Se bem me lembro, a fatia de leão da
publicidade na Onda Média ia para o programa desportivo “Bola Branca”, uma
espécie de programação futebol-pimba, que acho que ainda existe. Um destes
jovens aspirantes a jornalista era sobrinho de um dos sócios dessa empresa de
publicidade e lá falou com o tio, que nos abriu as portas para uma hora de
informação no programa “Fundamental”. Foi uma boa experiência, que durou cerca
de meio ano, até um desses jovens deitar tudo a perder: dirigiu-se à direção da
Renascença dizendo que já ninguém ali queria continuar. O diretor da estação
aceitou logo e encerrou o caso. Só que ninguém sabia o que aquele
imbecil
estava a fazer nas nossas costas: alguns dos seis tiraram uns dias de férias
para estar com a família, até porque não eramos do Porto (e o sobrinho do tio
já tinha partido para outra aventura e nunca chegou a ser jornalista) e quando
voltámos, foram os próprios jornalistas e técnicos da Renascença a dizerem-nos
que o nosso programa tinha acabado. Então porquê? Ora essa, foi aquele, o tal
imbecil, que foi dizer ao diretor que já não estávamos interessados em
continuar. O melhor é falarem uns com os outros! Pois. Também ali nos separámos
em definitivo, separou-se o trigo do joio. Para mim foi uma boa experiência,
aprendemos a lidar ainda com a tecnologia antiga da rádio, onde ainda havia
técnicos e registos magnéticos (RM).
Guardo alguns bons momentos de aprendizagem: a Cooperativa Árvore e Agustina Bessa-Luís.
https://rr.sapo.pt/ |
O programa “Fundamental” estava dividido em três grandes temáticas, política local e regional, cultura e desporto, com dois jovens a assumirem cada uma dessas áreas. Reuníamos com o chefe de redação da Rádio, ou um editor por ele designado, e definíamos as peças da semana, conforme o que se previa vir a ser assunto ou já era assunto da semana passada. Ao contrário do que vim depois a aprender neste meio, devíamos antecipar os assuntos, fazer os contactos com os protagonistas, por telefone ou pessoalmente, fazer o RM e depois fazer a montagem da peça com o técnico de som, durante uma tarde ou em horas marcadas. Sendo este grupo um corpo estranho na Rádio Renascença, mas bem acolhido, devo dizê-lo, não tínhamos acesso à redação, ficávamos numa sala de reuniões, e podíamos ficar com os telexes da Lusa sobre os assuntos que nos diziam respeito. Não admira, portanto, que os jovens do “Fundamental” fossem apelidados de “Foda Mental”!
https://arvorecoop.pt/ |
Ora, sendo a Cooperativa Árvore uma das mais importantes instituições culturais da cidade do Porto, e aproximando-se a data do seu aniversário, propus ou propusemos fazer uma peça sobre isso. Foi então que nos foi explicado que não devíamos tratar a Cooperativa Árvore na Renascença, por causa de assuntos que desconhecia e que nos foram explicados de forma velada e implícita e que associei ao facto de a Renascença ser uma emissora católica e a Árvore ser uma cooperativa contra a Igreja! A minha irmã estudara na escola superior da Árvore e por isso nunca suspeitei que estas instituições estariam de costas voltadas. Não sabia, por exemplo, que a Renascença sofrera uma tentativa de ocupação por parte de alegados comunistas, nem conhecia a relação que a Igreja e a Rádio tiveram no longo período do Estado Novo, um regime anticomunista e antidemocrático, que tinha na Igreja Católica um dos seus principais aliados. Digamos que fazer uma peça sobre o aniversário de uma instituição cultural conotada com comunistas numa emissora vista como reacionária não era uma boa ideia. E foi esquecida.
Com Agustina Bessa-Luís foi tudo diferente. Não sei qual o pretexto para a entrevistar, mas telefonámos-lhe e marcámos uma entrevista em sua casa. Conhecia Agustina de nome, como autora. Frequentei humanidades no ensino secundário, mas nunca tive que ler “A sibila” (1954). Dela sabia que era uma escritora da cidade do Porto e pouco mais. Desconhecia que tinha sido diretora do jornal «O Primeiro de Janeiro», que a sua obra aborda também os costumes da Igreja Católica e o papel da mulher numa sociedade machista, e que era uma figura da máxima importância na literatura e cultura portuguesa. Felizmente a minha colega JAC tinha lido “A Sibila” e conhecia melhor a figura. Marcámos então encontro na Rua do Gólgota, ao Campo Alegre. Procurei um mapa e lá traçámos o nosso percurso vespertino até à casa da autora.
Agustina, acervo familiar, Publishnews br
O problema é que o mapa era antigo e não refletia o corte que a Rua do Gólgota tinha sofrido com a construção dos acessos à Ponte Arrábida. Há dois troços separados da Rua do Gólgota, um no Campo Alegre, uma rua sem saída [entretanto, transformada em acesso à Ponte Arrábida e VCI], e outro junto à atual Faculdade de Arquitectura do Porto. Claro que fomos para o troço do Campo Alegre, pouco mais de 50 metros, à procura da casa da Agustina. De um lado, um descampado [hoje um parque de estacionamento], do outro, prédios devolutos e degradados e ninguém nos sabia dizer nada! Já com quase uma hora de atraso e depois de alguém nos ter explicado onde iríamos encontrar o outro troço da Rua do Gólgota, telefonámos a Agustina Bessa-Luís, que já não queria fazer a entrevista. Mas explicámos-lhe o que sucedera e aceitou falar connosco durante meia hora. Foi muito simpática, ofereceu-nos chá, e conversámos sobre o pouco que sabíamos da sua obra, com ela sempre a recomendar a leitura, e sobre a sua vida.
Desde então, com a autora a ganhar importância no panorama nacional, fui comprando os seus livros a preços baratos, sobretudo primeiras edições. Interessou-me bastante o facto de o filme “Vale Abraão”, de Manoel de Oliveira, ser baseado na sua obra, tal como outros filmes do realizador. Mas não tenho (ainda) capacidade para avaliar a qualidade literária da autora. Morreu em 2019, já bisavó, depois de algumas décadas afastada da vida pública, provavelmente por causa de alguma doença degenerativa, que nunca foi nomeada.
Ruben de Carvalho (1944-2019)
http://www.pcp.pt/faleceu-ruben-de-carvalho |
Ruben de Carvalho foi um dos criadores da Festa do Avante, um grande encontro cultural dos comunistas portugueses, que também serve para veicular a mensagem política internacionalista e angariar fundos para o partido. Apreciava as suas crónicas no “Público”, durante o período de decadência do jornal, sob a direção de Bárbara Reis. Muito bem escritas, com uma clareza eficaz e pertinentes. Depois costumava ouvi-lo num programa da Antena 1, “Radicais Livres”, mas sem grande satisfação, porque não se conseguia expressar e porque era insistentemente interrompido por Jaime Nogueira Pinto, um salazarista assumido, se preferirem um reacionário moderado, saudosista do império colonial. Cheguei a ouvi-lo, mas também sem grande satisfação, num outro programa da Antena 1, “Crónicas da Idade Mídia”, onde discorria, com Iolanda Ferreira, sobre a cultura neoclássica europeia, a propósito da música erudita, da ópera, do cinema e até da literatura. Tinha dificuldade de expressão, penso que por causa de problemas cardíacos, o que não facilitava a audição dos seus programas. Guardo com carinho as suas crónicas do tempo da troika.
Rutger Hauer (1944-2019)
Rutger Hauer in Blade Runnes (WB) |
Robert Frank (1924-2019)
Robert Frank by Dodo Jin Ming, The New York Times |
Robert Frank foi um importante fotógrafo e documentarista norte-americano de ascendência suíça, que aprofundou a forma como vemos a fotografia documental e o documentário cinematográfico. Na fotografia ficou conhecido pelo livro "The Americans" (1959) e, no cinema, por um estilo “cinema verité”, documentando a realidade do pós guerra nos Estados Unidos e a contracultura das décadas de 1960 e 1970. Conheço mal a sua obra cinematográfica, mas tive a oportunidade de ver o filme-maldito “Cocksuker blues”, que retrata a tourné dos Rolling Stones na América, em 1972. A história deste filme é incrível! Escrevi isto sobre “Cocksucker blues”, em 2009, depois de ter visto o filme no youtube:
"Perdi algum tempo (ou ganhei) na internet a ver o filme maldito dos Rolling Stones/Robert Frank, “Cocksuker blues” (1972), que está disponível no Youtube desde 2009.
[Depois de ver o filme perguntei a quem o disponibilizou onde o arranjou e como é que o Youtube o permitia. Não me respondeu onde o arranjou, mas disse-me que estava admirado por o Youtube não lhe ter dito nada. No ano seguinte o filme desaparecera e a conta de quem o disponibilizou também. A exibição deste filme online é sempre ilegal, por causa da ordem de um tribunal que só permite a sua exibição em sala, com a presença do realizador – via Wikipedia. Creio que o filme foi exibido no Porto, em 2001, no âmbito da Cidade Europeia da Cultura, mas não tenho a certeza. O filme está novamente online, agora em duas partes – ver os links adiante. Voltando ao texto de 2009…]
"Alguns esclarecimentos:
"Não sou especialista em Rolling Stones (conheço alguns), nunca os vi ao vivo e não tenho nenhum desejo particular de os ver ao vivo, gosto de algumas das suas músicas (tenho alguns álbuns em vinil do meu tempo de adolescente); musicalmente não considero os Stones uma banda fundamental na música pop/rock, apenas importante.
"Uma parte da relevância atribuída a fenómenos socio-musicais como os Rolling Stones, The Beatles, Led Zepplin, Jimi Hendrix, Elvis Presley, Michael Jackson, The Doors, Grateful Death, Neil Young, David Bowie, Miles Davis, etc., surgem da procura desenfreada de determinadas gerações em garantir a presença nos seus espetáculos, nos momentos em que produzem a sua música, nos momentos em que reproduzem estilos de vida e comportamentos em que essas gerações se revêem e imitam, muitas vezes como uma manifestação contra o sistema que os produziu. E esses movimentos parecem incontroláveis por parte da audiência, como por parte dos autores/atores. [Ah!... Pufff!?...]
"Acompanhar então uma digressão com os Rolling Stones em 1972 é um momento que nos faz refletir sobre os dois lados do fenómeno: O filme, como obra de arte do cinema documental, e como objeto de culto do fenómeno musical. Melhor ainda se for dos dois.
“Cocksucker blues”, o filme, é uma obra cinematográfica de Robert Frank, um dos mais importantes documentaristas do cinema norte-americano, adepto do “cinema verité”, um dos fundadores do movimento avant garde nos EUA, no final da década de 1950; tem uma obra significativa mas pouco vista, sendo também conhecido pelos seus trabalhos na fotografia, onde ganhou notoriedade antes de fazer cinema (foi alvo de um ciclo retrospetivo no Museu de Serralves, no Porto, em 2001).
[Sobre a importância dos trabalhos fotográficos de Robert Frank, talvez superior aos trabalhos cinematográficos, ver o interessante obituário do The New York Times, de onde saiu a foto que ilustra estas linhas: https://www.nytimes.com/2019/09/10/arts/robert-frank-dead-americans-photography.html]
“Cocksuker Blues” retrata a digressão dos Stones pelos EUA, em 1972 [promovendo o álbum “Exile on Main St”] – por dentro – acompanha o dia-a-dia dos artistas, roadies, groupies (e também scalpers). O realizador distribuiu câmaras para que todos os membros da entourage pudessem filmar a digressão como entendessem. O filme começa em Cannes, numa mansão alugada, onde o grupo estava refugiado depois de ter entrado em confronto com a administração fiscal inglesa, que lhes exigia o pagamento de impostos não declarados. A ação prossegue nos EUA, em hotéis, carros, bares, concertos, aviões. A exibição do filme está interdita desde 1972, segundo ordem judicial imposta pelo grupo; Robert Frank apenas pode exibir o filme quatro vezes por ano, mas tem que estar presente. O filme nunca teve exibição comercial. A cópia que circula no Youtube é ilegal, tem fraca qualidade visual, mas boa qualidade sonora.
"Cocksucker Blues", a música, é um tema gravado para a Decca, uma obrigação imposta pela editora para terminar o contrato com os Rolling Stones. Farto da editora, o grupo resolve gravar um tema provocatório que sabia que não seria lançado em disco – "Cocksucker Blues" – um blues gay, sobre os desejos sexuais de um adolescente inglês. O tema, apropriadamente, serviu de título ao filme de Robert Frank: quer um quer outro eram impublicáveis para a época e ainda hoje são capazes de chocar muitas mentes no nosso mundo ocidental. O blues dos Stones é competente, bem interpretado, mas sexualmente explícito. Pode ouvi-lo no Youtube.”
Depois acabei por esquecer o texto. O que pretendia fazer era relacioná-lo com a célebre entrevista de John Lennon a 25 de abril de 1975 [The Tomorrow Show, com Tom Snyder, na NBC], em que o autor apresenta à sociedade norte americana, que não o leva a sério, os perigos das drogas e da circulação (quase) livre de drogas duras, sobretudo cocaína, explicando que a política proibicionista não era solução, como também não é hoje. ...Enquanto isso, com um ar interessado, o entrevistador acendia mais um cigarro…
Pretendia compará-lo ao documentário, muito convencional, que retrata a “terrível” digressão dos Rolling Stones pela América em 1970, Gimme Shelter, de Albert e David Maysles, que também vi no Youtube, entretanto retirado.
Mas depois faltou-me tempo. Fica a homenagem a Robert Frank, um autor que teve a particularidade de mudar a forma como vemos o documentário. Depois de ver “Cocksucker Blues” fiquei convicto que é um filme fundamental do cinema documental contemporâneo, precisamente porque nos mostra uma realidade nunca antes vista e que dificilmente voltaremos a ver. Um momento raro, apenas possível por especiais circunstâncias, que até custou a vida a muita gente.
Veja "Cocksucker Blues" enquanto pode:
Parte 1: https://youtu.be/MjklyzZ-m1Q
Parte 2: https://youtu.be/UEIqRJvzWik
Vale a pena ler o artigo da Vanity Fair sobre a exposição fotográfica que valeu como homenagem ao autor, na China, em 2008, no Pingyao International Photography Festival, e onde Robert Frank fala sobre "Cocksucker Blues": https://www.vanityfair.com/culture/2008/04/frank200804
Patxi Andion (1947-2019)
elperiodico.com/es |
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