E pronto, os portugueses eleitores escolheram ontem o país em que querem viver. Nada a dizer. Escolheram a privatização da RTP e da Lusa, escolheram a privatização da TAP, da EDP, de parte da CGD, da CP (linha Porto-Lisboa), da Águas de Portugal, dos Portos. Escolheram também o aumento dos preços da electricidade, da água, dos transportes, do IVA, dos preços de bens de consumo essenciais, dos impostos, escolheram a liberalização dos despedimentos sem justa causa (que vai implicar uma revisão da Constituição da República Portuguesa). Escolheram o apoio aos bancos que foram os responsáveis pela crise financeira mundial e que ao mesmo tempo têm dificultado os empréstimos às empresas, mas têm facilitado os empréstimos ao consumo, quais agiotas.
Portanto, os portugueses eleitores agora têm que viver com isto. E como vivemos em democracia, por isso é que escolheram isto, eu, como não concordo, irei lutar para reverter este cenário. E felizmente não estou sozinho. E se hoje somos poucos, inevitavelmente amanhã seremos mais. E muitos estarão a lutar contra a sua própria escolha.
ouvindo burrice, tom zé, in defeito de fabricação, 1998
e a seguir sabor de burrice, tom zé, in grande liquidação, 1968
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