domingo, 15 de fevereiro de 2009

Viagem ao Brasil

Ano novo, novos tempos, nova luta.

Acredito que o Meios de Produção foi alvo de uma tentativa de censura. Alguém , penso que só pode ter sido o Blogger, retirou as imagens do postal sobre a força desproporcionada do estado de Israel sobre a Palestina, comparando-os aos nazis. [Não faço link, está aí em baixo]. Milagrosamente, as imagens reapareceram hoje. Estive sempre em silêncio enquanto as imagens estavam desaparecidas. Devo referir que as imagens são violentas e não me orgulho de as ter em cartaz. Mas são elementos ilustrativos da nossa civilização.

Mas quero referir que o Blogger, mesmo que eu não queira nem concorde, tem legitimidade para as retirar, porque é ele (ou o Google, tanto faz) quem presta o serviço de alojar esta página (sobre o qual tive que assinar um contrato). O que também não deixa de ser uma acção de censura, legitima ou ilegitima, sobre esta página e sobre o seu autor ou autores.

Importa referir que novos tempos e essa designada crise mundial estão a mudar todo o panorama da internet livre, da internet da partilha de ficheiros e cultura sem pagar direitos de autor. Acrescento que a cultura não é democrática nem chega a todos, porque são os propósitos económicos que a dominam, mesmos que os artistas não o desejem.

Avanço para já com o exemplo do Jazzman, blog que sigo com atenção desde que nasceu e que está em apuros. Sigam este link: http://www.jazzmanbrasil.com/2009/02/blog-jazzman-pede-ajuda.html#links

Eu presto a minha solidariedade ao Jazzman, mas não tenho capacidade para uma acção concreta, pelo menos nesta altura, para além deste alerta.

Saúdo, por outro lado, o regresso de Do velho Ao novo, que teve que inventar um esquema (só para iniciados e amigos) para partilhar música. Lamento o fecho compulsivo do Abracadabra. Saúdo a restrospectiva 2008 do oVo. Saúdo a continuidade do Toque MusicALL (novo link, ainda não actualizado na barra ao lado). Estou com saudades da Dona Neide e de actualizações no Portfolio X (tudo bem, é Verão no Brasil, tempo de férias). Lamento o fecho do Som Barato.

E quero afirmar que nunca, nunca, nem que vivesse 200 anos, teria oportunidade de conhecer a cultura musical do ser humano espalhado por todo o mundo, se não fossem estas ferramentas modernas, que passam por cima dos direitos de uma economia capitalista desajustada e injusta, censória, permitindo uma aproximação a uma democratização cultural nunca antes alcançada pelo ser humano.

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