quarta-feira, 14 de novembro de 2007

o que fazer a esta gente?


Na altura estava a estudar numa escola privada e tinha uma disciplina chamada Mundo Contemporâneo e Comunicação Social. O professor era o Pedro Arroja e já arrastava atrás de si uma polémica que poucos conseguiam perceber e discutir. Ele, na verdade, não dava aulas: aparecia acompanhado de uma bonita "assistente" e dava uma conferência. E depois ia embora. Deixava a "assistente" a falar com os alunos e a marcar trabalhos.
Eu não era grande frequentador das suas aulas, porque era possível fazer a disciplina sem aparecer por lá. Mas uma das vezes que lá fui percebi por que é o homem era polémico. Discutia-se a privatização dos rios! Segundo Arroja - e cito de memória - a melhor estratégia para garantir que os rios não continuariam poluídos era privatizá-los, porque o privado iria preservar o ambiente, já que estaria a proteger o seu investimento!

Esta lógica, profundamente errada, vingou. Nem perco tempo a justificar por que esta lógica é profundamente errada, mas vingou.

O Estado e o Governo vão agora privatizar as nossas estradas. Pensa assim o decisor: "Vamos desorçamentar a empresas pública das estradas, ou seja, tiramos para aí uns mil milhões de euros em dívidas dessa empresa das contas do Estado, vamos concessioná-la a privados até 2083 e criamos vários pequenos impostos ao utilizador das estradas para garantir o seu funcionamento e atractividade. E o povo que se lixe. Nós nem sequer governamos para eles! Governamos contra eles, a favor dos bancos, dos grandes empresários, a favor dos interesses capitalistas e da exploração do trabalho! E das nossas reformas alcançadas ao mais alto serviço do Estado".

O que dizer desta gente?

[ouvindo "problema" - bana in "bana a paris"]

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